Atividade 1: Líbia e a escravidão
Para compreender o mundo atual é preciso entender o passado, por isso, vamos entender brevemente a história da Líbia e como se chegou até esse lamentável fenômeno da reportagem.
A Líbia antes de Gaddafi
Desde o início do século XX a Líbia era um território que sofreu diversas tentativas de dominação por parte da Itália, contudo foi pouco o sucesso da colonização italiana no país. Já em 1952 a ONU declarou o território independente, formando assim uma monarquia comandada pelo rei Idris I (1890-1983), seu governo abriu as portas da Líbia para as empresas e bases militares norte-americanas e inglesas. Contudo em 1959 fora descoberta jazidas de petróleo no país, fomentando assim o nacionalismo e a necessidade de uma independência econômica no país. Só dez anos mais tarde em 1969 que um grupo de guerrilheiros derrubariam o poder do rei e proclamariam a República Árabe Popular e Socialista da Líbia (Jamairia), comandados por Muammar al- Gaddafi governara o país até 2011 quando fora morto.
Antes de prosseguir responda nos comentários:
1) A que processo histórico, já estudado, se dá os motivos pelos quais os países da Europa queriam dominar a África, como no caso da Itália com a Líbia?
2) Neste período denominado de Guerra Fria, uma derrubada de um governo favorável aos EUA ajudaria de certa forma o Bloco Soviético. Explique resumidamente o processo histórico denominado de Guerra Fria e sua bipolaridade presente também na Revolução do Líbano.
3) Pesquise em jornais e/ou sites sobre a morte de Gaddafi em 2011 e quais conflitos haviam na Líbia.
Mapa Líbia
Governo Gaddafi
O governo Gaddafi é marcado pelo seu nacionalismo, contrário aos Estados Unidos e a Israel, aproximação com a União Soviética e diversas tentativas de articulações junto com outras nações árabes, como o Egito e o Marrocos, para atender a seus interesses, influenciado pelas ideias pan-arábicas do líder egípcio Gamal Abdel Nasser (1918-1970). Por conta de suas grandes reservas de petróleos, Gaddafi pode modernizar seu exército e patrocinar grupos aliados em outras nações árabes e ocidentais e seu apoio à Palestina, levando ao governo americano acusa-lo de patrocinar grupos terroristas, como o Setembro Negro, movimento de terroristas que massacraram atletas israelenses; o Exército Republicano Irlandês (IRA) e qualquer grupo opositor a governos africanos pró-ocidente.
Seu governo fora marcado por diversos conflitos de interesses, em 1980 a Líbia invadiu o Chade em 1982, os EUA impuseram um embargo no petróleo líbio e em 1986 ordenou um bombardeio nas cidades de Trípoli e Bengazi. Já nos anos 90 o governo adota um tom mais neutro em relação à conflitos como a guerra do Golfo Pérsico, em uma clara tentativa de reatar laços diplomáticos com as nações ocidentais, ambos fracassaram, já que em 1992 o Conselho de Segurança da ONU impõe mais sanções econômicas ao país, por causa de dois cidadãos líbios acusados de terrorismo e extraditados ao seu país que não os aceitaram, já o governo líbio também rompe laços diplomáticos com o Irã e com a Palestina.
Gaddafi
Primavera árabe
A
Primavera árabe iniciou-se em 2011, provocada pelas graves crises econômicas e
falta de democracia nos países árabes, iniciou-se na Tunísia, Egito, Líbia e
Síria. No caso da Líbia, os protestos de grupos rebeldes apoiados pelas nações
ocidentais contra Gaddafi aumentaram, e junto isso também sua repressão. A ONU
e a OTAN, que possuem seus interesses na derrubada do regime, impuseram sanções
econômicas e operações militares contra o regime, levando assim em 23 de
outubro de 2011 a queda do regime e sua ‘libertação’ do ‘ditador’ Gaddafi,
morto em uma das operações militares dos rebeles em agosto do mesmo ano.
Queda de Gaddafi aos dias de hoje
Após
a queda de Gaddafi em agosto de 2012 foi votado um Congresso Nacional Geral que
comandou o país e ficou responsável pela elaboração de uma constituição,
contudo, grupos extremistas atacaram um mesquita em Trípoli e um atentado a
embaixada americana feito pelo grupo islâmico Ashar al- Sharia que levou ao assassinato
do embaixador americano Chris Evans levou ao primeiro-ministro eleito Mustafa Abushagur
a renunciar, elegendo assim Ali Zheidan ao poder. Hoje há dois grupos que se acham os
verdadeiros governantes da Líbia, o Parlamento Líbio e o Novo Congresso Geral
Nacional, tendo uma disputa de poder de grupos ‘oficias’ e grupos terroristas
como o Estado Islâmico e al Sharia deixando um vácuo de poder e
uma ‘anarquia violenta’.
Estado Islâmico.
Desta
maneira, é possível pensar a difícil situação em que se passa a Líbia e seus
habitantes, precisando enfrentar guerras e grupos terroristas, que nos auxiliam
a entender o movimento migratório de pessoas vindas da África e Oriente Médio
que buscam melhores condições de vida, arriscando sua vida e até perdendo sua
liberdade em busca de uma outra alternativa.
Atividade Complementar:
Assista ao vídeo a seguir e elabore uma dissertação sobre o seguinte tema:
Os problemas do imperialismo ocidental na Líbia.
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